Tudo indica que o avejão vai embora de Belém, substituído por um colibri, também conhecido por beija-flor. Um era sinistro e inquietante; o outro é sorridente, afável, mas absolutamente imponderado e imponderável. Ambos de Direita, e não há volta a dar-lhe, embora o segundo, com a graça peculiar, tenha afirmado ser a Esquerda da Direita. Temos de esperar para ver. Claro que o Marcelo ganhou amplamente as eleições, mas ele possuía uma abissal vantagem sobre os outros: as televisões, de que foi grande vedeta. E teve, ainda, com as evasivas do PS, um apoio considerável. A Esquerda perdeu por dispersão, e há quem diga que António Costa preferia Marcelo a outro qualquer. Acontece um porém deplorável: devido a estas manobras sórdidas, Maria de Belém sai da contenda humilhada e enxovalhada.
Baptista-Bastos
CM