Não acabou/ tem de acabar/ eu quero o fim/ da PolíciaMilitar
Quando fui dormir contavam-se mais de cem feridos. Esta manhã passavam de duzentos, em maioria professores no activo, mas também reformados, crianças, gente em cadeira de rodas, jornalistas que cobriam o acontecimento: uns atingidos por balas de borracha, outros por bastões, pontapés, bombas de gás lacrimogéneo, spray de pimenta, jactos de água ou pitbulls. Aconteceu quarta-feira, no centro de Curitiba, por ordem do governador do Paraná, e foi uma das mais violentas cargas da Polícia Militar contra manifestantes desarmados de que haverá registo na democracia brasileira.
Alexandra Lucas Coelho
Público