sábado, 12 de outubro de 2013

A BANALIDADE DO MAL OU A VERGONHA 'ADMINISTRATIVA'

“Não sou uma questão administrativa!”

Desde as 15h de dia 8 que o gabinete do ministro da Educação e Ciência recebe, hora a hora, uma fotografia e uma mensagem de uma criança com necessidades educativas especiais.
Francisco, Daniel, Mara, Eduardo, Gabriel, Ana, Cátia – desde as 15h de dia 8, terça-feira, que, uma a uma, as fotos dos rostos destas e de outras crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) vão caindo na caixa de correio electrónico do chefe de gabinete do ministro da Educação e Ciência (MEC).
Já são 74 e chegarão “pelo menos às cem”, carregando consigo “recados” de “mães e pais desesperados, “que farão tudo para proteger os seus filhos da ameaça de segregação”, promete Sara Martins, do Movimento das Associações de Pais pela Inclusão.
A ideia partiu de uma mãe a que se juntou outra e a seguir outra – seguindo o exemplo de uns, outros pais reagiram com a publicação no Facebook de fotos e de “recados” às afirmações do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que disse, para contestar a existência de turmas com número excessivo de alunos, que as crianças com NEE estavam inscritas por uma questão administrativa, porque não vão às salas de aula. Por isso os textos que acompanham as fotografias acabam quase sempre da mesma maneira: “Não sou, nem quero ser, uma mera questão administrativa!”
Público