"A vinda do FMI já não é o problema mais complicado que temos, mas a imagem que estamos a dar, de um país inconsistente, sem Parlamento, sem Governo, com declarações contraditórias. Um país que não se governa nem deixa governar, como alguém disse", apontou Basílio Horta. O presidente da AICEP admite que "esta imagem prejudica-nos muito" na hora de "vender" o país aos investidores estrangeiros.
E leva o descontentamento ainda mais longe: "Para pessoas da minha geração há um aspecto mais sensível que é a dignidade nacional. Senti-me um bocado humilhado quando vi uma líder de um pais estrangeiro [Angela Merkel], por muito respeito que se tenha pela pessoa, a dizer 'entendam-se lá, digam que PEC querem apresentar' ".
Basílio Horta acrescenta que "num país com 900 anos de história" este tipo de declarações, como as da líder alemã, "as pessoas sentem-se um pouco desconfortáveis". "Com franqueza devo confessar que me sinto até um pouco humilhado com isto", disse ainda.» (DN)