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«A crise demonstrou que, embora sendo identificáveis, quer os responsáveis quer as vítimas, por ausência de alternativa global e carência de medidas correctoras, as vítimas parecem continuar a ser os principais pagadores. Isto enquanto à medida que avançam as 'estratégias de saída', os responsáveis continuam a estar do lado dos principais beneficiários. Pouco mais de um ano passado sobre o eclodir da crise, já vão longe as declarações inflamadas pró-reformistas na boca dos principais responsáveis políticos, no G20 e no G7. As coisas são o que são e a confiança dos 'mercados' em relação a países, bancos, empresas, famílias endividadas é hoje uma necessidade ainda mais imperiosa que ontem. Infelizmente, a velha e famosa frase de que 'as crises são oportunidades' parece, na prática, traduzir-se não em perdas, mas em reforço de poder dos principais responsáveis pelo desastre, bem como da sua agenda política, económica e ideológica.»
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Eduardo Ferro Rodrigues
"Expresso"