quinta-feira, 16 de julho de 2009

O QUINTETO ERA DE CORDAS










Ah eu não me tenho lá assim em tão elevada conta: homem do meu tempo “em sede de IRC”, sem estados de alma, sou completamente transaccionável!...e “banda larga”, assim entre o Madoff e os Loureiros (ilhas Caimão – loja dos trezentos nem pensar!...). Apesar das minhas bem evidentes debilidades (chamem a ASAE): falho de carácter, frouxo de convicções,flôr que não se cheira nem ao higiefone, a meus próprios olhos totalmente irrecomendável, decididamente a evitar!... sem um sobressalto condenaria os inocentes e absolveria os culpados! entre dois males nunca escolho o mal menor mas aquele que ainda não tiver experimentado!... de maneira que, quando pela manhã, ao espelho da barba, tento ainda assim viabilizar uma passa-piolho de dois dias que me habilite a passar por morador de Telheiras e não pelo suburbarno, no limite da decência, que sou (Barcarena!), a passar por professor agregado e não pelo bisonho amanuense da caixa geral com o pecadilho das humanidades (de que me arrependo!),a habilitar-me ao currículo decente de dois casamentos falhados em vez dos serviços mínimos desta namorisquice toda idiota e inconsequente, a deslocar-me aos Maristas,de Renault Mégane, a recolher os miúdos “fruto do segundo casamento”, à decência reconfortante de pagar ,sem escrúpulo,pensão de alimentos e votar Bloco (das urgências)... então,pela manhã,com o olhar nos mínimos e ao espelho da barba, lembro-me do Wilde (e agrada-me!): Não tem inimigos e nem os próprios amigos gostam dele!...



Então,sem perder mais tempo,proposta alternativa (e atrevo-me a que irrecusável): transformar o projecto “Mértola Linda” (que é,convenhamos,assim um bocado maricas – “Cuba linda” ainda remetia para algum imaginário de jeito, para um anteontem decente, um anteontem que carregava no açúcar e cantava...)propunha eu, transformar o projecto “Mértola Linda “ em “ Mértola connection”: podíamos assaltar uma funerária e levávamos uma carreta (tu conduzes, Eduardo, faço questão!) e assim, resolvido o problema do transporte, sacávamos um caixão e metíamos lá cinco “brownings” e um pitbull ( e o Gwin para entreter o pitbull), mesmo umas “bereta” já serviam (Pedro, tu podias ir a Chicago, num voo low cost, “tirar os moldes”... até podias ir mais longe, a avaliar por aquela fotografia do blog em que apareces na guinébissaulivreeindependente, de cintura para cima (ou de cintura para baixo?) em missão de soberania...)e de passagem assaltávamos uma bomba de gasolina e atestávamos (a carreta!)...


No restaurante, aos brindes,passávamos nos lavabos a vestir umas camisolas “no name boys”(Pedro, volta a ser contigo!)e,sem pagar mas exigindo factura (a ASAE!),saíamos pela esquerda alta...envergávamos,finalmente, aqueles aventais brancos das cruzadas e, de browning e pitbull, aos gritos de por São Jorge por São Jorge, acometíamos a moirama,Mértola acima,empoleirados na carreta (o Eduardo, um filho da terra,sempre a conduzir!) e depois vocês ficavam por lá e passavam à clandestinidade: vendiam-me em hasta pública e montavam uma casa de alterne ou compravam um olival...(esta não sei...)



(agora tenho de ir a Beja, amanhã continuo se entretanto não for detido!... por contumácia...)

.CASIMIRO BRANCO