Esta semana a atualidade e a memória vieram juntas ter comigo, à volta de um tema: o 25 de Novembro, cuja comemoração constitui agora a grande promessa de Carlos Moedas feita aos lisboetas e aos portugueses. Assim, face a uma gravíssima crise de habitação que põe a população indignada na rua, e leva muitos cidadãos a passarem, de repente, à condição de sem-abrigo, o nosso presidente da Câmara não tem mais nada a oferecer aos seus munícipes do que... comemorações do 25 de novembro!
Faz lembrar o Partido Reformista, caricaturado por Eça, que a todas as questões respondia o mesmo : "Economias". No fim, pergunta-lhe desesperado o jornalista "gosta mais do papá ou da mamã?", ao que o interrogado responde rotundamente "economias". Ora, se os cidadãos de Lisboa perguntarem daqui a uns anos qual foi a grande medida do seu atual edil, arriscam-se a ter como única resposta "as comemorações do 25 de novembro"...
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Só uma nota de alguém que não é nem nunca será apoiante do PSD: foi de André Ventura que vieram os aplausos mais entusiásticos a Carlos Moedas e a esse 25 de Novembro que, não dr. Ventura, não foi um movimento do ELP, nem do MDLP, foi sim um movimento de democratas.
Luís Castro Mendes
DN
