
Agora a sério: as eleições são UMA condição da democracia, não são A condição da democracia (a teocracia iraniana e as cleptocracias angolana e guineense toleram eleições, mas não são democracias).
Por cá, temos, de facto, eleições livres, mas ao ritmo a que os cleptómanos se estão a apoderar do aparelho de estado, muito em breve o regime mudará de democrático para cleptocrático com o país transformado num somatório de marcos de canaveses, felgueiras, alcochetes, guardas, nazarés, oeiras, ovares, sobreiros, casinos, submarinos e outras sucatas diversas.
A 'Justiça' pode valer-nos? Como, se a sua actuação está 'cientificamente' peada por códigos (Penal e de Processo Penal) e legislação avulsa feitos por medida e para protecção dos que, passando pela política, fizeram da fortuna pessoal instantânea um fim de vida?
Não será, pois, o 'justicialismo primário' (como «eles» gostam de dizer 'justicialismo primário', tentando apoucar os contestatários...) remédio para inverter o sinistro caminho para o abismo. A montante da 'Justiça' está a 'Política'. Não precisamos de uma República de Juízes. Precisamos de uma República de Cidadãos. O resto virá por acréscimo.