terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

VACINAÇÕES E CENAS TRISTES

Eles (e elas) andam por aí. Na província, distinguem-se bem: apresentam-se em público inchados e de ar convencido, como o Cabrita, direitos como um Cavaco que nunca se engana e raramente tem dúvidas , não se dobram ao peso da vaidade, alguns até têm 'chauffeur', tal a importância do cargo que lhes saiu na 'raspadinha' da política . Gente influente que impõe respeitinho neo-salazarista aos papalvos, embora raramente sejam dignos de respeito: presidentes de câmaras e de juntas, provedores da Santa Casa, presidentes de IPSS, directores da Caixa de Previdência, responsáveis de centros de saúde, priores de freguesias remotas, administradores de hospitais, quadros superiores e intermédios do INEM, médicos da Cruz Vermelha, seus familiares próximos e amigos chegados. São as nossas 'elites'.

E depois vem o vírus, o estado de emergência, o desemprego, as falências, os infectados, os mortos, a vacina contra o vírus e a sua distribuição, de que se encarrega esta gente com pergaminhos. Então, levantado o 'manto diáfano da fantasia', surge a 'nudez crua da verdade': as pretensas elites são, afinal, oportunistas, carreiristas  inescrupulosos, crápulas, canalhas, venais, corruptos capazes de todas as abjecções . E lá se vai o esplendor de Portugal e das suas elites de pacotilha.