Coitado do Barroso
Barroso desafia as leis da física, andando pelo mundo sem coluna vertebral e mantendo-se, ainda assim, sempre de pé. Mas por mais que me apetecesse escrever sobre ele, Barroso limitou-se a fazer a progressão natural na carreira de “gestor de inevitabilidades políticas que a globalização impõe às economias abertas”. Ou queriam que o homem vegetasse durante uma década num cargo destinado à fina flor da inutilidade, como capacho de quem manda a cada momento, de borla? E está muitíssimo longe de ser o primeiro. É impossível olhar para a União Europeia e não ver a Goldman Sachs por todo lado, sobretudo em todo o lado onde encontramos as causas ou as supostas “soluções” para a crise. Há anos que este grupo financeiro se dedica a comprar políticos no ativo ou a colocar pessoas suas em cargos públicos relevantes. E é apenas a mais alarve, não temendo dar nas vistas. Vai ser preciso muito mais do que umas regras de decoro para resgatar a democracia deste poder sociopata. Será preciso um autêntico levantamento democrático. Nos dias que correm, é quase uma revolução. Barroso é, nesta história, irrelevante.
Daniel Oliveira
Expresso
Quando Durão Barroso vai para chairman da uma Goldman Sachs está apenas a rir na cara de quem acredita no primado da democracia na UE e a ser recompensado pelos dez anos como presidente da Comissão Europeia. Não há razões para surpresa. Apenas para um enorme nojo. A finança sem lei manda. Esperemos que não para sempre.
José Vítor Malheiros
Público
Quando Durão Barroso vai para chairman da uma Goldman Sachs está apenas a rir na cara de quem acredita no primado da democracia na UE e a ser recompensado pelos dez anos como presidente da Comissão Europeia. Não há razões para surpresa. Apenas para um enorme nojo. A finança sem lei manda. Esperemos que não para sempre.
José Vítor Malheiros
Público