quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

NOTÍCIAS DA LAVANDARIA


Jornalista angolano acrescenta "elementos" a inquérito que visa dirigentes do seu país

Rafael Marques entregou à PGR portuguesa elementos sobre eventuais "conflitos de interesses" do vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, accionista do Banco Angolano de Investimentos, com filial em Portugal.
O jornalista angolano Rafael Marques foi à Procuradoria-Geral da República, na sexta-feira, submeter novos elementos no inquérito-crime que visa actuações de políticos próximos do Presidente angolano José Eduardo dos Santos. Esses elementos “deverão comprovar que o Banco Angolano de Investimentos Europa, que opera em Portugal, funciona como um banco de pessoas politicamente expostas, entre as quais o vice-presidente da República Manuel Vicente que é sócio”, disse ao PÚBLICO.
De acordo com Rafael Marques, o maior banco angolano, o Banco Angolano de Investimentos (BAI) “não deve operar em Portugal”. “Portugal deve conformar-se às medidas internacionais de combate a branqueamento de capitais, que inclui limites severos às operações e transacções financeiras utilizadas por bancos constituídos por pessoas politicamente expostas?”, questiona retoricamente. Marques dá como exemplo o facto de o BAI não poder “realizar operações através dos EUA”. O termo Pessoas Politicamente Expostas (PPE) designa detentores de cargos públicos.
Público
(Dever de memória: Angola ocupa o lugar 157 (em 174) no índice de corrupção)