terça-feira, 9 de novembro de 2021

A METAMORFOSE DA SEITA DAS PULGAS E PIOLHOS

PAN rejeita coligações pré-eleitorais, mas admite apoiar governo PS ou PSD — com lugar no Executivo. Recusa partilhar governo com "partidos não democráticos” ou “esquerda radical”: Chega, BE, PCP. (Observador)

 A seita animalista que apareceu sob a sigla PAN (Pessoas, Animais, Natureza) e que, em boa verdade, deveria ter aparecido como ANP (Animais, Natureza, Pessoas - nada de confusões com a ANP de Marcello, o Caetano,sff) a defender, histericamente,  as pulgas, piolhos e carraças como animais de companhia e com direito a uma vida digna, depois de começar a receber o generoso rendimento social de inserção proporcionado pelos ordenados e subsídios da Assembleia da República, depressa se aburguesou e se tornou em mais um partido do sistema com o sonho de entrada no 'arco da governação'.

Como todos os emergentes que descobrem, maravilhados, ao fim de anos de indigência, o 'kitsch' dos novos ricos - os requintados benefícios das alcatifas peludas, as inebriantes bolhas do champanhe, as irresistíveis ovas de esturjão, o conforto do Mercedes, os quadros da Maluda, as esculturas da Joana Vasconcelos - o PAN, ao fim de meia-dúzia de anos de lautas refeições na manjedoura do poder legislativo, pretende passar à manjedoura do poder executivo onde, consta, o rancho é melhorado e as perspectivas de futuro são mais risonhas. Mas o PAN quer fazer esta sua marcha de alpinismo social e político com companhia selectiva: chuchialistas ou laranjikes, tanto faz, gente fina, mãos habituadas a segurar bem os potes, enfim.  malta do 'arco da governação'. Os maltrapilhos da 'esquerda radical' (BE e PCP)? Ao largo! Vão, mais as suas pulgas e piolhos como animais de companhia, para a Sopa do Sidónio, mas não se cocem muito para não incomodar os animais!