É uma floresta de enganos, um acumular de aldrabices que se tornaram lugares-comuns, como a banalidade da torpeza. As declarações de Maria Luís Albuquerque não só fornecem a expressão de grande soberba como, sobretudo, denunciam a cumplicidade ideológica entre o PSD e os que realmente mandam na ‘União’ Europeia. Também revelam o verdete destes pelo actual governo português. E, igualmente, os processos de intimidação e de medo aplicados aos países mais frágeis. Esta poderosa estrutura capitalista está a desfazer-se, por imoral e autoritária, e não há remendo que a rejuvenesça. Recentemente, o presidente da República Checa anunciou ir proceder a um referendo ao país, a fim de apurar se os checos querem ou não permanecer nesta organização e, também, na NATO. A comunicação social portuguesa manifesta, pelo silêncio ou pela minimização absurda dos factos, um desprezo absoluto. Presume que essa criminosa omissão beneficia um dos lados. Pelo contrário. E, hoje, é difícil sonegar a real natureza dos acontecimentos. Luís Marques Mendes disse, na SIC, que a verdadeira oposição a este governo português é feita em Bruxelas, e que Maria Luís Albuquerque devia era estar calada. Realmente, não se pode mentir sempre.
Baptista-Bastos
CM