Estado rompe com apoios a megafábrica de painéis solares em Abrantes
O projecto de uma megafábrica de painéis solares que se iria instalar em Abrantes, liderado pelo empresário Alexandre Alves, e que previa um investimento total de 1050 milhões de euros, recebeu ontem a machadada final.
O Estado decidiu rescindir o contrato de investimento que tinha sido assinado em Junho de 2010 com a RPP Solar - Energias Solares, indica um despacho dos gabinetes dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia, publicado ontem em Diário da República.
Desde que foi constituída, em Julho de 2009, a RPP Solar era liderada por Alexandre Alves, empresário que ficou há muitos anos conhecido por "Barão Vermelho" devido às ligações que tinha ao Partido Comunista e ao Benfica. A nova fábrica prevista para o concelho de Abrantes, aprovada como projecto de interesse nacional (PIN) ainda nesse mesmo ano, era na verdade um complexo de várias unidades e foi baptizado de projecto integrado de energia solar (PIES).
No papel, estava prevista a criação de 1800 postos de trabalho directos, dos quais 300 empregos qualificados, atribuídos a engenheiros e a quadros superiores. Previa-se também que a nova fábrica começasse a produzir painéis solares logo em 2010, mas o projecto queria ir mais longe. Estavam prometidas sete unidades industriais no concelho de Abrantes, também para fabrico de torres eólicas e de turbinas de co-geração e um centro de investigação e desenvolvimento.
No entanto, na realidade pouco se avançou até hoje. Uma parte da nova unidade fabril começou a ser construída, mas os trabalhos pararam e ficaram por concluir já há muitos meses. Ao longo do tempo, o empresário terá sempre garantido aos responsáveis da autarquia de Abrantes, liderada actualmente por Maria do Céu Albuquerque (PS), que tinha o investimento assegurado.
Isto depois de ter adquirido em 2009, por apenas 100.000 euros, os terrenos de 82 hectares destinados ao complexo fabril pelos quais a câmara municipal tinha pago no total um milhão de euros, indicava o Correio da Manhã alguns meses depois. Em 2009, à frente da câmara estava o socialista Nélson Carvalho, que em Julho de 2010 foi contratado como director de formação e projectos especiais da própria RPP Solar.
Desde que foi constituída, em Julho de 2009, a RPP Solar era liderada por Alexandre Alves, empresário que ficou há muitos anos conhecido por "Barão Vermelho" devido às ligações que tinha ao Partido Comunista e ao Benfica. A nova fábrica prevista para o concelho de Abrantes, aprovada como projecto de interesse nacional (PIN) ainda nesse mesmo ano, era na verdade um complexo de várias unidades e foi baptizado de projecto integrado de energia solar (PIES).
No papel, estava prevista a criação de 1800 postos de trabalho directos, dos quais 300 empregos qualificados, atribuídos a engenheiros e a quadros superiores. Previa-se também que a nova fábrica começasse a produzir painéis solares logo em 2010, mas o projecto queria ir mais longe. Estavam prometidas sete unidades industriais no concelho de Abrantes, também para fabrico de torres eólicas e de turbinas de co-geração e um centro de investigação e desenvolvimento.
No entanto, na realidade pouco se avançou até hoje. Uma parte da nova unidade fabril começou a ser construída, mas os trabalhos pararam e ficaram por concluir já há muitos meses. Ao longo do tempo, o empresário terá sempre garantido aos responsáveis da autarquia de Abrantes, liderada actualmente por Maria do Céu Albuquerque (PS), que tinha o investimento assegurado.
Isto depois de ter adquirido em 2009, por apenas 100.000 euros, os terrenos de 82 hectares destinados ao complexo fabril pelos quais a câmara municipal tinha pago no total um milhão de euros, indicava o Correio da Manhã alguns meses depois. Em 2009, à frente da câmara estava o socialista Nélson Carvalho, que em Julho de 2010 foi contratado como director de formação e projectos especiais da própria RPP Solar.
Público