quarta-feira, 4 de abril de 2012

UMA CERTA RACIONALIDADE ECONÓMICA

Ouvi, ontem na TVI24, José Miguel Júdice perorar sobre os benefícios do fim definitivo dos subsídios de férias e natal, preconizando a sua diluição pelos ordenados dos doze meses do ano, recorrendo a argumentos paternalistas e em nome da racionalidade económica.
Questão discutível e a discutir, concedo.
Ainda em nome da racionalidade económica, poderia o distinto causídico ter emitido opinião sobre os 600 milhões de euros que, anualmente, voam directamente do orçamento do Estado para as contas dos grandes escritórios de advogados para pagamento de pareceres e outros serviços, enquanto nos diversos ministérios os juristas do Estado, por desocupados, coçam as partes pudibundas enquanto choram pela alminha dos subsídios.
Bom, não o fez por esquecimento ou falta de tempo - e foi pena. Porque, em nome da racionalidade económica, o dr. Júdice teria manifestado a sua indignação por tão caro regabofe. Tenho a certeza!